LeFreve, Desireé Bouvier

Será que talento realmente está no sangue? Pois é muito provável que, para Marianne, seja verdade. A filha única de um casal famoso no mundo artístico francês, Jacques Bouvier e Eleonor LeFreve, nasceu com um dom para as artes. Incrivelmente talentosa, desde pequena suas pinturas ganham destaque na multidão, um roteiro ganha vida com sua voz e os instrumentos musicais viram ouro em seus dedos ágeis. Embora tenha um talento notável, nunca gostou de multidões. Traumatizada por um acidente da infância, em que desmaiou durante a apresentação de Natal da escola primária, a garota não consegue se apresentar na frente de ninguém. Porém é claro, que como pais preocupados com dinheiro, Jacques e Eleonor deram seu jeito para a filha voltar para o mundo do teatro.

Dinheiro, roupas, casa perfeita, cursos com os melhores professores de música e teatro e bolsas de estudos garantidas nas melhores universidades, tinha tudo com que se pode sonhar, mas todo paraíso tem seu problema. Quando completou 13 anos, foi diagnosticada com suspeita de esquizofrenia, e internada em um hospital psiquiátrico um ano depois quando afirmou que um homem (que não existia) mandou-a queimar a garagem. Seu mundo, e o de sua família, caiu e tudo se transformou num inferno particular.

Nesse período de sombras, Marianne teve que se afastar da atuação para entrar em um tratamento integral. Depois de dois longos anos de tratamento, seu problema finalmente conseguiu ser controlado, ao menos por hora. Foram necessárias boas brigas com o médico, para permitirem que Marianne voltasse ao colégio. Cansados de esperar, e afundando em dívidas devido à falta de projetos, Jacques mandou a filha para os EUA para que ela morasse em um internato dedicado especialmente à atuação.

Marianne, com seus poucos 15 anos, pouco sabia sobre o futuro, e decidira aceitar a viagem. Com o intuito de recomeçar, adotou o nome artístico Desireé e mergulhou de cabeça no mundo Hollywoodiano. Quando se formou, aos 18 anos, sua beleza e talento natural logo conquistaram a cidade. No mesmo ano fora contratada para uma pequena produção, a série Inside Out. Bastou uma temporada para ficar famosa, ganhar um cheque polpudo e descobrir as maravilhas de ser uma celebridade.

Após essa série, Desireé se mudou para NY graças à proposta de um papel principal em um filme, mas alegrias pouco duraram. Devido ao seu envolvimento recente com drogas, nem sua pouca idade (22 anos) foi capaz de salvá-la das críticas. Fora excluída do filme e uma avalanche de fofocas e rumores sobre ela invadiram as revistas e sites da internet. As notícias cruzaram o oceano, e logo Eleonor mandou a filha para rehab.

Um ano se passou, as coisas acalmaram e Desireé está de volta a um jogo que sabe jogar muito bem. O jogo da fama. Teoricamente concertada, a francesinha não medirá esforços para recobrar a fama que antes era sua. Com a conta bancária vazia (uma punição de seus pais pelo escândalo anterior), viver em NY está cada vez mais complicado para a excêntrica Dê. O jeito agora e entrar na linha e arranjar um tempo entre as festas e eventos para trabalhar.

É melhor cair na real se quiser o Oscar, Queen France...